Todo homem é bom! Esta é uma verdade que só o Cristo conseguiu enxergar e colocar em prática, através do verdadeiro modo de amar. “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei”. Um amor revertido em atos e não um simples sentimento que o mundo enraizou na cabeça da humanidade.
O ato de amar vai ao encontro do outro, das suas necessidades e incomoda-se por ver pessoas do bem no lugar errado. Sendo assim deixe o verdadeiro amor amar!
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O amor de Deus é físico.
ResponderExcluirEu acho que nunca vou me esquecer daquele dia.
Eu estava cansado, cheio de compromissos da faculdade, querendo imensamente minha mãe por perto, pra sentar com ela e falar: "Pra mim deu, chega. Volto pra casa e vou ser qualquer coisa aí em Varginha mesmo, Biologia não é pra mim."
Mas aí veio o convite: "O Pe. Israel quer que façamos teatro no dia de louvor da fazendinha, vamos?" Eu, irresistivelmente movido por algo que eu simplesmente prefiro não tentar entender (leia-se O Espírito Santo) respondi imediatamente que iria.
E aí vem o desenrolar da coisa, faltavam pessoas que costumeiramente faziam o teatro e isso me deixou imensamente inseguro. Tivemos apenas um ensaio pra pegarmos o jeito um do outro, e também para preparar mais um teatro que seria encenado.
Nada como estar estressado e nervoso, é o que eu sempre digo.
No outro dia, fomos até a fazenda. E foi incrível o modo como Deus operou seus milagres. Conseguimos consertar um erro que ocorreu por conta do pessoal que estava na música, fazendo o teatro perfeitamente bem. Conseguimos apresentar o outro teatro com perfeição, conseguimos realizar tudo que o Senhor tinha nos proposto. Só por isso eu já estava mais do que satisfeito, e, além do mais, bem mais calmo.
Veio então um momento que eu não esperava. Durante a missa, o Pe. colocou Jesus no ostensório e começou a descer a escadaria do altar. Meu coração então se inquietou, pois o Senhor passaria muito perto de mim, mas ao descer, o Pe. virou-se para o outro lado, afastando-se do lugar onde eu e o pessoal do ministério estávamos. O Pe. seguiu com Jesus até lá atrás, passando no meio do povo e, ajoelhado, eu via os rostos maravilhados, implorando um toque, um olhar de Cristo. Foi surreal, como nos momentos da antiga Jerusalém, onde Jesus passava entre as multidões que espremiam-se nas pequenas ruelas para tocá-lo.
Eu já havia me conformado, Ele não passaria tão perto. Mas eu já estava feliz apenas em vê-lo, já era uma grande graça. Então Deus fez mais uma das suas...
Nesse ponto, o Pe. virou-se e veio em linha reta para nossa direção. Dessa vez meu coração quase saltou pela garganta: "Ele me escutou, está vindo!"
Firmei então o propósito de encostar a cabeça n'Ele e deixar que Ele levasse minha preocupação e me mostrasse o ideal d'Ele pra mim. À medida que Ele se aproximava, eu ficava mais apaixonado por aquele olhar que se direcionava a mim. Quando Ele estava bem perto, inclinei-me para encostar a cabeça n'Ele, e Ele fez MUITO mais que isso. Pela mão do Pe., que Ele soltou do ostensório, Ele me deu um maravilhoso abraço.
Eu não conseguia depreender o que acontecia no momento, sabia apenas que estava nos braços de Deus. Todo o meu coração inflamava-se de amor, de adoração, de louvor. Senti, de fato, um pedaço do céu. Ao se afastar, o Pe tinha lágrimas nos olhos e olhando pra mim, no fundo do meu ser, disse: "Deus ama MUITO a vocês!".
Então seguiu com Jesus para a mesa da Eucaristia onde o sacríficio realizava-se.
Êxtase, acho que é a melhor palavra.
Fui curado muitas e muitas vezes, em apenas um abraço. Foi amor, eu tenho certeza. O Amor de Deus me curou mais uma vez. Não posso mais ser o mesmo, Ele me faz a cada dia diferente.
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Guilherme Ramos Demetrio Ferreira
Graduando em Ciências Biológicas - Bacharelado
UFLA - Lavras/MG